Songtext zu 'Desarme' von Condolencia

Desarme

Vejo ao meu redor, a vida passar entre meus dedos
Pessoas que estão sempre apressadas mais não sabem aonde ir.
Sinto a frieza em seus olhares como se fossem vazias por dentro
Não escuto suas palavras, suas bocas estão sempre murmurando.

Vejo em minha volta a vida passar por cima de um prato
Pessoas que estão sempre comendo, mas não sabem o quê.
Sinto a dor em suas garfadas como se arrancassem pedaços de mim
Não entendo seus sentimentos, suas mentes estão sempre fechadas.

Sinto a frieza queimar nossos corações
Sinto a tristeza afetar nossas almas

Vejo ao meu redor a saúde e a vida sendo destruída.
Pessoas seduzidas pelas imagens da indústria do tabaco e do álcool
Necessitando da embriagues para estarem felizes
Sinto que elas não estão livres, na verdade sentem medo.
Não entendo porque consomem esses produtos sendo que eles matam.

Vejo através das grades, a vida enjaulada por barras de ferro.
Animais que não tem a onde ir e pressentem a morte chegar.
Sinto a tristeza em seu silêncio por não terem como defender-se.
Entendo suas reações nos olhares que dizem mais do que palavras

Sinto a frieza queimar nossos corações
Sinto a tristeza afetar nossas almas

A cada bala disparada pelas forças armadas,
pessoas morrem de fome em todo o mundo.

A cada diplomacia governamental voltada ao progresso,
pessoas morrem por não terem emprego e moradia.

A cada bomba construída para ser usada em guerras,
aumenta ainda mais a discórdia, gerando conflitos entre nações.

A cada avanço tecnológico, aumenta ainda mais o desemprego
crescendo a ignorância, trocando homens por máquinas, fazendo deles peças descartáveis.

A cada avanço científico, centenas de espécies
são mortas como cobaias pelo homem, na tentativa de curar doenças que ele próprio criou

A cada animal que matamos, centenas de outros morrem,
por serem atingidos indiretamente pela destruição do ecossistema.

A cada fazenda improdutiva, não desapropriada pelo governo,
trabalhadores rurais sofrem por não possuírem terra para poderem trabalhar.

A cada ocupação de terra, trabalhadores rurais são atacados pelas milícias
mantidas pelas oligarquias rurais, que em muitas vezes resultam em mortes.

A cada triunfo de nossa nação, pessoas se confrontam em meio ao desespero
na tentativa de estarem vivas no dia seguinte.

A cada momento que passa, percebo que estamos vivos
e devemos guerrear para desarmar a ganância que coroe o mundo.