Songtext zu 'Brasil Doente' von Jayme Caetano Braun

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Meu brasil grande, fogão
De pátria e de nativismo
No altar de gauchismo
Da crioula tradição
Na hora do chimarrão
Enquanto escuta a chaleira
Meu cusco baio coleira
Como sentinela amigo
Fica pensando comigo
Na situação brasileira.

Companheiro, permanente
Igual a mim, um teatino
Meu parceiro examino
O quadro do brasil doente
Preocupado com o paciente
Entregue pro estrangeiro
Um causo brabo, traiçoeiro
De virose delfinista
Tendo tanto especialista
Tratado por curandeiro.

Minada em toda estrutura
Desde a mente até ossamenta
O pobre doente apresenta
Febre, fome e amargura
Com princípio de loucura
E completo esgotamento
Sem nenhum medicamento
O preço é proibitivo
Na verdade,
Um morto-vivo pela falta de alimento.

E a insensatez teimosia
Nesse país hospital
Faz que o pobre marginal
Descaia dia após dia
A reserva que existia
De a muito foi extinguida
A pátria grande vendida,
Tudo entregue, quase dado
Enquanto o doente, coitado,
Arrasta uma sobrevida.

Talvez pareça exagero
Mas vale a comparação,
Meu cusco junto ao fogão
Olha tristonho o braseiro
Mas o homem brasileiro
Que está me ouvindo concorda
O balde encheu e transborda
E o pobre povo indefeso
Está a ver com tanto peso
Vai arrebentar a corda.

Parece até brincadeira
Que um país com essa potência
Viva em tamanha indigência
Frente a tanta bandalheira
A impunidade é a bandeira
E cada qual é mais vivo
O processo punitivo
É instalado e difundido
E depois de concluído
Vai direto pro arquivo.

É a derrocada suprema
De um sistema que se esvai
Para quem vende, quem trai,
Que importa que o povo gema
Que importa que o povo trema
Ou se a pátria se desune
O grupo que manda imune
A problemas de consciência
Prossegue na inconsequência
Porque se acredita impune.

Na velha capitania
De são pedro, tudo igual
O centralismo mortal
Nos esmaga dia-a-dia
E o capataz que iludia
Falta garrão pra mandar
Tem vontade de mostrar
Que é gaúcho queixo duro
Mas subiu de mais no muro
E agora não pode apear.

Quem sabe eu tenho a esperança
Ele é gaúcho afinal
Quem sabe um santo bagual
Faz que se lembre da herança
Dos que empurraram com a lança
As linhas desta fronteira
E calce o pé na porteira
Dizendo como índio macho
Que ninguém faz de capacho
Esta província campeira.

Que diga a esses insensatos
Que nos reduzem a trapos
Que neste chão dos farrapos,
Chimangos e maragatos
Não há lugar pra gaiatos
E pra bobos não servimos
E nem tampouco pedimos
E nem tampouco imploramos
Aquilo que conquistamos
Nós simplesmente exigimos.

É tão simples dizer basta
Na terra que demarcamos
Na situação que chegamos
O que não voa se arrasta
É hora de apear a casta
Que nos explora e desgraça
O povo virou carcaça
Pra pasto dos urubus
Das anas, marias, jus,
Que nos compraram de graça.

O dólar sobe
E subindo aumenta a dívida externa
E a trindade que governa
Segue sorrindo e sorrindo
E o pobre povo ringindo
Vive agora pior que bicho
Já nem vai mais a bolicho
Criaturas seminuas
Que andam cruzando nas ruas
Catando em latas de lixo.

E como pode o brasil
Viver assim ante o mundo
Mostrando esse quadro imundo
Tão deplorável, tao vil
Pobre país teu perfil
Precisa ser recomposto
Deixar de ser entreposto
Do explorador estrangeiro
Pra que o povo brasileiro
De novo mostrar o rosto.

Mas o que é a democracia
O termo que a gente escuta
Nessa terrível labuta
Que se agrava dia-a-dia
Vender a soberania
A interesses estrangeiros
Ou carne a cinco mil cruzeiros,
Isso aquela de segunda
É pior que um talho na bunda
De todos os brasileiros.

E dia dois no gigantinho
Grito do campo e da indiada
A luta foi iniciada
Ninguém vai pelear sozinho
Todos sabem o caminho
E vão se chagando cedo
Rio grande inteiro sem medo
Que vem de todas as frentes
E lá vão estar presentes
O maluf e o tancredo.

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Es ist wichtig zu beachten, dass Jayme Caetano Braun in Live-Konzerten nicht immer oder wird nicht immer treu zum Text des Liedes Brasil Doente sein... Es ist also besser, sich auf das zu konzentrieren, was das Lied Brasil Doente auf der Platte sagt.

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