Songtext zu 'Payada do Negro Lúcio' von Jayme Caetano Braun

Payada do Negro Lúcio ist ein Lied von Jayme Caetano Braun, dessen Text unzählige Suchanfragen hat, deshalb haben wir entschieden, dass es seinen Platz auf dieser Webseite verdient, zusammen mit vielen anderen Liedtexten, die Internetnutzer kennenlernen möchten.

Liebst du das Lied Payada do Negro Lúcio? Kannst du nicht ganz verstehen, was es sagt? Brauchst du den Text von Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun? Du befindest dich am Ort, der die Antworten auf deine Sehnsüchte hat.

Vou tenteando na cambona
Já bem abaixo do meio
Lá pras bandas do rodeio
Ouço um berro de mamona
Aqui guitarra e cordeona
Chimarrão, fogo de angico
O Sol já com braça e pico
Neste final de janeiro
Que vai indo mais ligeiro
Do que soldo de milico

Mateando, meio solito
Porque o patrão e a peonada
Já saíram pra invernada
Há muito tempo, cedito
O sábado está bonito
E a indiada aqui da fazenda
De tarde, se vai a venda
E aos bolichos do caminho
Ou então beber carinho
Nos braços de alguma prenda

Mas enquanto eu chimarreio
Neste morrer de janeiro
Meu pensamento chasqueiro
Se aviva mascando o freio
E sai a pedir rodeio
Nas lembranças, retoçando
Eu me paro, recordando
As falas do negro lúcio
Muito maior que confúcio
Pra filosofar trançando

E ele sempre me dizia
Enquanto tirava um tento
Naquele linguajar lento
Cheio de sabedoria
A noite é a ilhapa do dia
Na argola da escuridão
É quem garante o tirão
Em todas as lidas sérias
Neste varal de misérias
Que é a existência do cristão

Deus não fez rico nem pobre
Peão, patrão ou capataz
Isso é o destino quem faz
E como é não se descobre
O nobre que nasce nobre
Nem sempre assim continua
Pra beleza da xirua
Ou cavalo de carreira
Não adianta benzedeira
Nem reza ou quarto de Lua

Enquanto filosofava
Naquele estilo sereno
O semblante do moreno
Parece se iluminava
A vivência é que falava
Naquela conversa mansa
E no fundo da lembrança
Inda o escuto reafirmar
Parar não é descansar
Porque estar parado cansa

Dele mil vezes ouvi
O que tem que ser será
Por longe que o homem vá
Jamais fugirá de si
E com ele eu aprendi
As cousas da natureza
A fidalguia, a franqueza
E aquela velha sentença
Atrás da cinza mais densa
Existe uma brasa acesa

E chego a ouvi-lo fazer
Junto dum fogo de chão
Uma grande distinção
Entre existir e viver
Filho, dizia, morrer
Não é mais do que uma viagem
Por isso não é vantagem
O forte fazer alarde
Que, às vezes, pra ser covarde
Precisa muita coragem

Inda vejo o conselheiro
Que evoco com devoção
Naquele estilo pagão
De confúcio galponeiro
Que me dizia: Parceiro
Nesta existência brasina
Cada qual traz uma sina
Que força alguma desvia
E nada tem mais valia
Que as coisas que a vida ensina

Filho, a verdade, verdade
Que nenhum sistema esconde
É que o povo não tem onde
Suprir a necessidade
E vive pela metade
Abaixo de tempo feio
Vai explodir já lo creio
A tampa dessa panela
Nem adianta acender vela
Pro negro do pastoreio

Como encontrar os perdidos
Num país deste tamanho
Se venderam o rebanho
E os homens foram vendidos
Se os chamados entendidos
Falam de cara risonha
Defronte a crise medonha
De estelionatos e orgias
Quem mente todos os dias
Vai ficando sem vergonha

Aqui o rio grande isolado
Pela mãe pátria madrasta
Dia a dia mais se afasta
Do poder centralizado
Mesmo que guaxo pesteado
Botado de quarentena
Quanto ao capataz, que pena
Não serve para o rio grande
Na hora de ficar grande
Se abatata e se apequena

Na hora de dizer: Para
Àqueles que nos ofendem
Desrespeitam, desatendem
Ao rio grande tapejara
Não sei porque esconde a cara
Quando a ocasião é mostrá-la
Calçar o pé, erguer a fala
Porque esta terra pampeana
Não é a casa da mãe joana
E nem tão pouco senzala

Não é ofensa, capataz
É que os homens desta terra
Adquiriram na guerra
Direito de estar em paz
Dentro dum clima capaz
De viver em harmonia
Sem toda essa vilania
De boicotes e de ameaça
Que estão fazendo de graça
À velha capitania

A própria carne importada
Lá de fora é um desaforo
E o calçado, há tanto couro
E gado nesta invernada
E arroz da safra passada
Pra que essa compra mesquinha
Querem nos dobrá a espinha
E nos cortar a garganta
Mas rio grande não se espanta
Como se faz com galinha

Que lindo se o presidente
Em vez de passear na Europa
Passasse em revista a tropa
Deste país continente
E num gesto inteligente
Viesse ao rio grande fronteiro
Que já era brasileiro
Antes mesmo de vespúcio
E levasse o negro lúcio
Pra servir de conselheiro

Es gibt viele Gründe, den Text von Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun kennenlernen zu wollen.

Wenn uns ein Lied wirklich gefällt, wie es bei dir mit Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun der Fall sein könnte, möchten wir es singen können, während wir den Text gut kennen.

Zu wissen, was der Text von Payada do Negro Lúcio sagt, ermöglicht es uns, mehr Gefühl in die Performance zu legen.

Fühl dich wie ein Star, wenn du das Lied Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun singst, auch wenn dein Publikum nur deine zwei Katzen sind.

Falls deine Suche nach dem Text des Liedes Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun ist, weil es dich an jemanden Bestimmtes denken lässt, schlagen wir vor, dass du es ihm auf irgendeine Weise widmest, zum Beispiel, indem du ihm den Link zu dieser Webseite schickst, sicher wird er die Andeutung verstehen.

Etwas, das öfter passiert, als wir denken, ist, dass Leute den Text von Payada do Negro Lúcio suchen, weil es ein Wort im Lied gibt, das sie nicht ganz verstehen und sicherstellen möchten, was es sagt.

Wir hoffen, dass wir dir mit dem Text des Liedes Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun geholfen haben.

Auf dieser Seite stehen dir Hunderte von Liedtexten zur Verfügung, wie Payada do Negro Lúcio von Jayme Caetano Braun.