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(Eu vejo vultos, almas penadas)
Sirvo duas doses sem gelo, converso com elas na sala
(O teto tá preto, a saliva amarga)
Minha alma ferida suplica, que a paz dela seja encontrada
(Anjos caídos perderam suas asas)
No silêncio no meu ser concentro
Não vejo mais luz aqui dentro
E se a ferida não cura com o tempo, o tempo pra você acaba
Alma negra precipício infinito que não para
Seis pediram meu sorriso e de retorno um tapa na cara
Me fez poder ver o que eu não enxergava
Quantas histórias mal contadas, minha mente mal trata
Eu sinto sangue na boca, na brisa do loco
Pecado eminente jogado no fundo do calabouço
Isso é só um esboço, meu mano, de tanto desgosto
Eu ando me olhando no espelho e não vejo mais meu rosto
A entidade de encosto no umbral criou-se o monstro, me movo
Um novo pesadelo, passeio na incerteza
Receio no momento em que me perco na miragem
Me negaram a verdade e eu busquei nas profundezas, demoro
Todo amor virou maldade (alimentando a alma negra)
Me encontro invisível como a linha imaginária
Uma fera ferida jogada na solitária
Um tapa na cara que enfraquece meu revide
Amarguramento que transforma numa lide
Terráqueos se perderam, também perderam o bom senso
Amostra tendenciosa em holofote vem apenso
Penso, massa aglomerada em estupidez
Tenso, envolta reunião de escassez
Cuidado com quem andas, pois alguns te trancam em jaula
Sabem impor a dor, amor não teve em sala de aula
Nervos à flor da pele no sistema nervoso central
Meu mundo de ponta-cabeça, arrepio na espinha dorsal
Ataque verbal que deixa cego teu limite
Explosão neurótica do naipe dinamite
Elite maléfica que deixa o menino à beira do ronco
Lesões corporais que nem mais funcionam com células-tronco
Sufoco! Difícil controlar seu forte gênio
Descontrole emocional, seu racional sem oxigênio
Letal! Pior que o estrondo da motoserra
Desvie do caminho a 7 palmos abaixo da terra
São vários sonhos atormentados, ando quieto flagrando o oculto
Eu me desvio do mundo, por um segundo eu surto
Vários tormentos no momento respirando rima
Mas pode pá que vinga, que eu tô de pé, tô pro combate
Aumenta o som e da um grau no mic, a mic check one two
A ponta strike, maumbu, tô longe dos língua azul
Santo forte, guerrilheiro, guerreiro da mente zulu
Tamo chegando, me planejando
Pras vagabundas eu não passo um pano
Eu já passei, eu me fodi, eu me ralei
Mas hoje eu tô cascudo no escuro com mente de sansei
Desapego gelado, estabeleceu, enfureceu
Mente brilhante quando pivete hoje em dia escureceu
Nesse mundo de Deus, onde o capiroto reina
Eu tô blindado, desconfiado e conhecendo minha alma negra
Cê vai fazer o quê? A vida criou assim
Então não tem receio
Tô ingerindo veneno de cobra e inalando brisa de morcego
Elas sabem bem o que é obsceno
Com esse tempo amargo continuo me distanciando
Antigamente no corre eram vários, hoje em dia eu tô contando, hu!
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