Songtext zu 'Perifería Chora (part. Terrorismo Real)' von Poesia Letal

Mostrando pro cara que tem dinheiro
Que não adianta você tentar apenas se esconder
Atrás do carro blindado
Atrás da sua fortaleza com pitbull
Com vigia, muro alto, que a violência
Se você não ajudar quem precisa
Um dia chega até você

A gente mesmo se destrói
Muitas vezes por quase nada
Uma guerra constante
Quebrada contra quebrada
E a molecada segue
Perdida na caminhada
Não quer saber de escola
Mas quer ter as coisas caras

Periferia chora
É cada fita que acontece
São vários que vão pro crime
E lá dentro mesmo se perdem
Põe em xeque a liberdade
Pra tentar se levantar
Se esquecem que a vida é uma só
E não dá pra voltar

Tragédia aqui é mato
Aumenta o desespero
A opressão policial
E a falta de emprego
Gerou dentro do peito
Um sentimento de revolta
Sem medo foi buscar
Sua dignidade de volta

O Brasil tem que entender
Que educação é o princípio
Cada passo longe da escola
É um mais perto do presídio
Burguês não corre risco
Só vê a favela da tela de plasma
Nem tão pouco se importa com isso
Tá preocupado é com dólar em alta

Ha como dói ver meu gueto desse jeito
Enquanto o boy compra casa no estrangeiro
Nós ao relento vamos trazer de outra maneira
Entrar no condomínio enquadrar a família inteira

Cabelo amarelo, camisa do Milan
Eu tava de boa e surgiu uma fita
O que é problema pra quem já tá fudido?
Pega as peças, balaclava
E vamos já pro garimpo e vai

Quem sabe nessa nóis já salva o Natal
Garante o boldo até o carnaval
Juro minha preta cê não vai passar mal
Nóis não erra na caça
Nóis não erra na caça não

E a caça era eu e o estado sabia
Fizeram tudo pra que eu fosse pra quina
Fatos reais de uma vida que não é sua
Sai fora da rua, sai fora neguinho

Periferia chora, periferia chora
Periferia chora, chora

O que vai ser de nós agora
Nesse mundo criminoso
A quarenta vai rasgando
Vacilão levou no globo
Tava no lugar errado
Viu o que não devia
Pra os moleque criminoso
Bicudo não tem estia

Essa vida imprevisível
Deixa agente alucinado
Cada fita cabulosa
Que eu vejo do meu lado
Os irmãos estão se matando
Não tem mais amor por nada
Os problemas da quebrada
Só resolvem nas quadradas

Não importa o migué
Não dá mole, não escorrega
Basta só um passo em falso
E vai parar no IML
A necessidade tomou conta dos pivete
O crime oferece tudo aquilo que eles querem
Não é gratificante ver o pai sem emprego
A mãe no desespero e os parceiros te chamando
Vamos lá eu tenho um plano
Os loucos insanos perderam a direção
Só pensava nos milhão

Se envolveu como ladrão
Pegou uns quilos com chefão
Só que o corre não deu bom
Deu derrame na parada
Quem deve tem que pagar
O crime cobra caro
Não adianta se entocar
Uma hora vai moscar
Não tem essa vacilão

Lá na frente do barzinho
Dois malucos bem armados
Chegaram atirando e a morte
Chegou num estralo
Hoje infelizmente mais um virou finado

Cabelo amarelo, camisa do Milan
Eu tava de boa e surgiu uma fita
O que é problema pra quem já ta fudido?
Pega as peças, balaclava
E vamos já pro garimpo e vai

Quem sabe nessa nóis já salva o Natal
Garante o boldo até o carnaval
Juro minha preta cê não vai passar mal
Nóis não erra na caça
Nóis não erra na caça não

E a caça era eu e o estado sabia
Fizeram tudo pra que eu fosse pra quina
Fatos reais de uma vida que não é sua
Sai fora da rua, sai fora neguinho

Periferia chora, periferia chora
Periferia chora, chora