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Deixe-me apresentar
Sou o escritor das madrugadas frias e geladas como o inverno de onde eu venho
Trago em meu falar
Palavras congeladas que foram bem guardadas na memória que eu tenho
Venho pra contar o que poucos irão ouvir mas são poucos que eu quero aqui
Na rotina que mantenho
Não quero deixar outra alma abandonada
Em cada madrugada é por elas que eu intervenho
Vivo de modo honesto, humilde e modesto
Criado com pouco, eu disse pouco e não resto, grato em cada gesto
Tenho contexto e contesto em texto eu manisfesto bem
Hoje eu tenho certeza que o menino morreu
Alguns dizem que ele ainda vive no homem que hoje sou eu
Infelizmente se foi e levou a beleza que ainda existia
Abandonou o seu plano, seu sorriso e sua alegria
Deixou em mim tristeza e agonia de viver assim todo dia
Diferente do que ele sonhava enquanto em sua cama dormia
O mundo perdeu a cor, de repente até ele a visão
Que o real era bem diferente daquele existente na televisão
O brilho da infância aos poucos foi tendo que ser apagado
Dos olhos daquele garoto pequeno, mesmo não querendo foi obrigado
Á amarrar uma venda pra não ficar vendo seu coração ser arrancado
Numa cirurgia sem anestesia ou chance de bom resultado
Eu sei que aqui ninguém tá salvo
Foda-se essa porra e quem achar que eu to errado
Eu sei que aqui ninguém tá salvo
Mira vai, atira, quem respira vira alvo
Eu sou nascido no pecado
O bem, o mau, felix culpa
São poucos aqueles que importam pras almas que aqui vagam abandonadas
Então demonstre mais respeito ao sujeito que escreve em todas madrugadas
(Sou o escritor das madrugadas)
Qual é minha missão na terra, trazer a paz ou procriar a guerra?
Ferrar com o mundo inteiro ou ajudar quem se ferra?
Desenterrar do peito a dor que é ser um sofredor?
Ou enterrar bem fundo o verdadeiro causador?
Conheço os 2 lados da moeda e na boa
Sem cara não há coroa, somos 2 em uma só pessoa
Quem tem mente vai além quem não tem nem voa
Pois o mundo real é cruel e o nosso papel resultou em nada
No profundo limbo do céu a serpente infiel virou aliada
São poucos aqueles que importam pras almas que aqui vagam abandonadas
Então demonstre mais respeito ao sujeito que escreve em todas madrugadas
Eu sei que aqui ninguém tá salvo
Foda-se essa porra e quem achar que eu to errado
Eu sei que aqui ninguém tá salvo
Mira vai, atira, quem respira vira alvo
Eu sou nascido no pecado
O bem, o mau, felix culpa
São poucos aqueles que importam pras almas que aqui vagam abandonadas
Então demonstre mais respeito ao sujeito que escreve em todas madrugadas
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