Songtext zu 'Massa Sonora' von Superaudio

Tem gente pegando dinheiro do lanche da molecada
E gente levando a grana da saúde da rapazeada
Tem gente metendo a mão na conta dessa gente suada
E gente tirando por fora
A cara é dura a alma é lavada
E ninguém faz nada
A massa tá muito calada
O que será que aconteceu?
Eu quero ouvir a massa sonora indignada
De ver tanta coisa bonita no meio de tanta errada

O irmão, tem que aprender a dizer não a essa esculhambação, bem aí na sua frente
O irmão, tem que aprender a dizer não a essa pouca vergonha, a céu aberto, pra todo mundo ver
O irmão, diga não!

É carnaval, praia, futebol, juiz roubando do povo
Gente fina sofrida no país campeão da beleza e miséria
Da música boa, do sambá no pé
Que morre de fome, anda com fé
E sente na pele ter que viver assim
Sem saber porque que tá faltando feijão no dia-a-dia
E ainda assim, tem emoção e alegria
No que esse povo acredita?
Por que nunca vai à forra?
Se quando a vida piora
Muita gente comemora

O irmão, tem que aprender a dizer não a essa esculhambação, bem aí na sua frente
O irmão, tem que aprender a dizer não a essa pouca vergonha, a céu aberto, pra todo mundo ver
O irmão, diga não!

É impressionante como a cada ano que passa
Entra um, sai mais um, e nenhum escapa
Da sedução que o poder provoca dentro do peito
Trazendo a nova ordem "se dar bem de todo jeito"
E a solução que pra isso a massa encontra
É aceitar refúgio, não nos braços da lei
Mas em falsos profetas que surgem todos os dias
E fazem a festa em cima de quem só quer ser feliz

O irmão, tem que aprender a dizer não a essa esculhambação, bem aí na sua frente
O irmão, tem que aprender a dizer não a essa pouca vergonha, a céu aberto, pra todo mundo ver
O irmão, diga não!

E ainda pedem pra você entender
E economizar a energia que era pra gastar
Se possível, pegando de cheio cada um desses ladrões engravatados
Que sabem de tudo e nunca fazem nada de bom
Lavam a grana comprando aposentadorias milionárias
Depois em quatro anos metem a mão no bolso de todo mundo
No meu, seu, da sua mãe, da sua menina
Do miserável que almoça e janta a sobra do lixo da esquina
E é assim que vai se confirmando a velha sina
Eterno país do futuro, terceiro mundo, pose de primeiro
Eterno país do futuro, terceiro mundo, pose de primeiro
Eterno país do futuro, verdadeiro terceiro mundo

O irmão, tem que aprender a dizer não
O irmão, tem que aprender a dizer não
O irmão, tem que aprender a dizer não
O irmão, tem que aprender a dizer não
O irmão, diga não!